Movimento sindical mobiliza <br>para o dia 3 de Junho

REIVINDICAÇÃO Insistir na acção e na luta reivindicativa, dirigida ao patronato, mas também ao poder político, é o apelo da CGTP-IN, para uma forte participação nas manifestações em Lisboa e no Porto.

Mantém-se a necessidade de acção e luta nas empresas e serviços

Anunciada no 1.º de Maio, a jornada de 3 de Junho passou para o topo das prioridades de sindicatos, federações e uniões. Sob o lema «Unidos para valorizar o trabalho e os trabalhadores», está em distribuição um manifesto que reflecte as ideias, reivindicações e propostas apresentadas no Dia Internacional dos Trabalhadores pela CGTP-IN.

Reafirma-se que «O País, os trabalhadores e o povo não podem ser reféns dos interesses do capital e de imposições externas» e que «Temos direito a uma vida melhor». Valorizando os avanços conseguidos e o papel determinante da luta dos trabalhadores e das suas organizações de classe para os alcançar, a Intersindical defende que «é preciso insistir na acção e na luta reivindicativa, nas empresas, serviços e locais de trabalho».

Como objectivos principais desta luta, são apontados:
aumento geral dos salários e do salário mínimo nacional;
o direito de negociação e contratação colectiva, a revogação das normas gravosas da legislação laboral (nomeadamente, da caducidade), a reintrodução do princípio do tratamento mais favorável e a renovação automática das convenções;
a reposição do vínculo por nomeação e o desbloqueamento das carreiras na Administração Pública;
combate à precariedade, na Administração Pública e no sector privado, para que a cada posto de trabalho permanente corresponda um contrato de trabalho efectivo;
combater a desregulação dos horários de trabalho (adaptabilidades, bancos de horas e horários concentrados) e generalizar as 35 horas semanais como duração normal do trabalho;
valorização das carreiras profissionais;
reposição da idade legal de reforma nos 65 anos, e o direito à reforma, sem penalizações, ao fim de 40 anos de descontos;
reforço dos serviços públicos e das funções sociais do Estado (Saúde, Educação, Segurança Social, Justiça e Cultura);
justa distribuição da riqueza produzida pelos trabalhadores!

As manifestações do «dia nacional de luta» têm início marcado para as 15 horas de sábado, 3 de Junho. Em Lisboa, reúnem-se no Marquês de Pombal trabalhadores deste distrito e de Setúbal, Faro, Beja, Évora, Portalegre, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Leiria e Santarém. No Porto, no Campo 24 de Agosto, concentram-se trabalhadores do distrito anfitrião e de Coimbra, Aveiro, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança.

 

Pré-aviso no comércio

Para todos os sectores do comércio, escritórios e serviços, o CESP/CGTP-IN emitiu um pré-aviso de greve para 3 de Junho, «de forma a que todos os trabalhadores estejam disponíveis para construir este que será um grandioso dia nacional de luta». Na informação sindical que publicou na semana passada, o sindicato apela a que 3 de Junho seja igualmente um dia de luta dos trabalhadores destes sectores, «pela afirmação das suas reivindicações e pela exigência de melhoria das condições de vida e de trabalho, que passam também por medidas do Governo e alteração da legislação pela Assembleia da República».

Nos armazéns da grande distribuição (super e hipermercados), o CESP vai realizar uma «semana de luta», com plenários e concentrações no exterior das unidades de logística, a partir da próxima segunda-feira. «É urgente a correcção da injustiça na carreira profissional dos operadores de armazém», reafirma o sindicato, apontando o contraste entre declarações patronais de apreço (reconhecendo a logística como o coração da actividade) e a prática: deficientes condições de segurança e saúde no trabalho e recusa de valorização dos salários, que vão do salário mínimo nacional até 560 ou 570 euros, no topo da carreira. Ao anunciar esta acção, o sindicato apela a que também estes trabalhadores participem nas manifestações nacionais de 3 de Junho.

 



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